ENCONTROU UM ANIMAL SELVAGEM FERIDO?
O RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens recebe anualmente quase dois milhares de animais selvagens, que na sua maioria são recuperados e devolvidos à natureza, porém não faz a recolha dos animais. Sempre que alguém encontrar um animal selvagem ferido, deve evitar ao máximo perturbá-lo, minimizando o barulho, o tempo de manipulação e o contato com as pessoas. Não deve manter o animal em sua posse mais tempo do que o estritamente necessário e nunca fique com um animal selvagem com intenção de o recuperar. Um animal que é mantido demasiado tempo em cativeiro perderá a possibilidade de sobreviver no seu habitat natural, tornando-se incapaz de voar, caçar ou de se defender convenientemente. Para uma adequada recolha e entrega rápida no RIAS de um animal ferido, devem ser seguidos diferentes procedimentos de acordo com a sua capacidade, confiança e disponibilidade para capturar e transportar o animal.
CONSIGO CAPTURAR O ANIMAL
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Se se sentir suficientemente seguro para manipular o animal, aproxime-se cautelosamente e capture-o usando uma toalha, peça de roupa ou manta para cobrir a cabeça do animal (evita estímulos visuais, acalmando-o). Ter muita atenção ao bico/focinho e às garras para não ser magoado. Coloque-o numa caixa de cartão perfurada, preferencialmente apenas um pouco maior do que o animal. Se não tiver uma caixa, enrole a toalha em volta do animal para lhe limitar os movimentos, de forma a proteger-se a si e a ele próprio. Até à entrega, mantenha o animal num local calmo, escuro e aquecido, mas lembre-se que não deve manter o animal em sua posse mais tempo do que o estritamente necessário e apenas deve prestar os primeiros-socorros se tiver conhecimento para tal.
Se não conseguir transportar o animal até ao RIAS, entregue-o no posto local da GNR, onde o animal será recolhido pelo ICNF através dos vigilantes da natureza.
Se conseguir transportar o animal até ao RIAS, contate para o 92 765 93 13 caso o animal seja entregue antes das 9h ou após as 18h.
NÃO CONSIGO CAPTURAR O ANIMAL
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Se não se sentir confortável para manipular o animal, vigie-o tanto quanto possível para garantir a sua segurança e contate as entidades competentes para procederem à recolha do animal:
1) Linha SOS Ambiente (SEPNA/GNR) 808 200 520
2) Posto da GNR mais próximo que permita encaminhamento para a equipa do SEPNA
GNR Portimão
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282 420 750
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GNR Loulé
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289 410 490
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GNR Silves
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282 440 290
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GNR Faro
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289 887 603
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GNR Albufeira
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289 590 790
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GNR Tavira
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281 329 030
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3) Sede do ICNF mais próxima (em dias úteis das 9h às 17h)
ICNF Odemira
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283 322 735
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ICNF Castro Marim
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281 531 257
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ICNF Lagos
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282 402 320
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ICNF Mértola
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286 612 016
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ICNF Olhão
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289 700 210
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Se tiver alguma questão contate-nos, mas recorde que o RIAS não possui os meios nem a responsabilidade para a recolha dos animais, essa compete às autoridades. Esperamos que este vídeo o ajude a adotar o procedimento mais adequado para um recolha e reencaminhamento mais rápidos dos animais até ao nosso centro de recuperação.
E SE FOR UMA CRIA DE AVE?
Durante a primavera e início do verão, grande parte dos animais que chegam ao RIAS são pequenas crias. Muitas vezes estas crias saíram do ninho na primeira tentativa de voo ou passeio, estando bem e continuando a ser alimentadas pelos progenitores. Nestes casos, tente verificar se os progenitores se encontram na zona, se a zona é segura (longe de estradas ou de possíveis predadores, inclusive animais domésticos, por exemplo) ou se a cria está realmente ferida (com sangue ou muito debilitada). Se em caso de dúvida recolher a cria para entregar às autoridades, registe bem o local onde foi encontrada pois pode ser possível devolvê-la ao ninho, uma vez avaliada e tratada. Note que existem algumas espécies de animais às quais este esquema não se aplica, como por exemplo andorinhões, aves de rapina diurnas e noturnas. Em caso de dúvida pode sempre contatar-nos. Recorde que a melhor hipótese de sobrevivência da cria será com os progenitores!
O QUE FAZER EM RELAÇÃO A ANIMAIS DOMÉSTICOS E/OU EXÓTICOS?
No RIAS não são admitidos animais domésticos e/ou exóticos por restrições éticas e legais, mas sobretudo por razões sanitárias pois estes animais habitualmente comportam patologias multi-resistentes que poderiam pôr em risco a saúde dos animais selvagens em recuperação. Os animais domésticos, incluindo o furão (Mustela putorius furo) e o pombo-doméstico (Columba livia domestica), devem estar ao cuidado de "donos" ou protetores que lhes garantam condições de bem-estar. Os animais exóticos, sejam pertencentes a espécies de introdução recente, como por exemplo o faisão-comum (Phasianus colchicus), ou a espécies com populações estáveis em estado selvagem, como é o caso da tartaruga-da-Flórida (Trachemys scripta) ou do periquito-de-colar (Psittacula krameri), devem ser entregues na sede do ICNF mais próxima (em dias úteis das 9h às 17h).
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