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A mostrar mensagens de março, 2021

Será que deve sempre recolher a pequena cria que encontrou?

É na altura da primavera/verão que as aves nidificam (constroem o ninho) e as pequenas crias eclodem dos ovos. Por esta razão, são várias as crias/juvenis encontradas no chão, recolhidas e entregues no nosso centro. 

Mas será o mais correto recolher a pequena cria?

Nem sempre!
   
O primeiro factor a ter em conta é o estado de saúde da ave. Caso aparente ter ferimentos ou estar debilitada deverá obviamente ser encaminhada para o centro de recuperação de fauna selvagem mais próximo - Lista Nacional de centros de recuperação para fauna selvagem AQUI.


Em caso algum deverá manter a ave em casa! Para além de ser ilegal, está a comprometer a sua recuperação.

À esquerda uma andorinha mantida em casa durante vários dias, e à direita uma transportada rapidamente para o RIAS.


Caso não pareça ter nenhum ferimento, há que questionar se:
- Tem penas?
- Há perigo (estradas ou predadores) nas proximidades?
- Os progenitores poderão estar por perto?



Todos estes pormenores são importantes na decisão. Se a ave já tiver penas, pode apenas ser sinónimo de que está na fase em que começa/aprende a voar - em inglês denominada de fledgling -, e poderá ter tentado o seu primeiro voo. É comum ficarem nas imediações do ninho, e serem alimentadas pelos progenitores. 



No entanto, se a ave ainda não tiver desenvolvido penas - em inglês denominada de nestling -, poderá ter caído acidentalmente do ninho ou estar sem os progenitores, e desta forma, corre o risco de não sobreviver.
 Neste caso, e se os progenitores foram observados, deve ser colocada no ninho ou num local alto. Caso não encontre um local seguro para a deixar, deverá transportar/encaminhar a ave até um centro de recuperação de fauna selvagem.





Apesar de todas estas orientações, poderão haver exceções. 

Em caso de dúvida, pode sempre contactar-nos.


E lembre-se...

A melhor hipótese de sobrevivência da cria será com os progenitores.


Bufo-real recuperado no RIAS foi transportado até Beja para ser devolvido à Natureza

Recorda-se do bufo-real que ingressou no RIAS no final de janeiro? 


Devido a uma lesão na asa direita, esteve várias semanas em recuperação no nosso centro.

Totalmente recuperado, foi transportado por Vigilantes da Natureza do Parque Natural do Vale do Guadiana até à região onde foi encontrado, perto de Beja. Aqui, foi finalmente devolvido à Natureza por quem prontamente lhe prestou auxílio. Um momento que, acreditamos, não mais irão esquecer.

 



Como a proximidade com a Natureza molda os mais pequenos

Apesar de não viver no Algarve, a Laura, de 8 anos, tem acompanhado o nosso trabalho já há algum tempo, e em 2020 teve a possibilidade de se cruzar mais uma vez connosco no Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza, em Sagres. Aqui decidimos surpreendê-la e deixar que fosse ela a devolver à Natureza um dos peneireiros-vulgares que tinha estado em recuperação no RIAS.


Sem sabermos, estávamos naquele momento a moldar os sonhos da Laura. A mãe dela enviou-nos aquilo que nos parece ser a carta de motivação perfeita para uma futura vaga na coordenação do RIAS. Não concordam? 😊


"Um dia quero ser...

Um dia quero ser chefe de um centro de recuperação de animais selvagens.

Quero ser chefe de um centro de recuperação de animais selvagens porque adoro animais e gosto que eles melhorem e voltem à natureza.

Eu vou ajudar a tratar de animais feridos ou doentes e também vou ajudar a libertá-los.

Vou fazer coisas fantásticas! Vou ter a oportunidade de ajudar animais que é mesmo o meu sonho.

Nesta profissão, eu irei trabalhar no campo e usar algumas ferramentas de veterinária e luvas para libertar as aves com garras fortes. Terei de aprender a tratar de animais e  libertá-los."

Laura Almeida




Mais um guincho recuperado com sucesso

Este guincho-comum (Chroicocephalus ridibundus) ingressou no RIAS com sintomas compatíveis com intoxicação gastrointestinal (desidratação e diarreia) e paralisia corporal. Para compensar a desidratação foram imediatamente administrados fluídos sub-cutâneos e deixado em repouso durante a noite. 
Dada a sua debilidade, nos primeiros dias a alimentação teve que ser fornecida através de uma sonda - procedimento que apenas deve ser realizado por um profissional experiente.

Alguns dias mais tarde, e já a aceitar alimento sólido, a pequena ave foi transferida para uma instalação exterior onde havia bastante espaço para treinar o voo. Totalmente recuperado foi então devolvido à Natureza.





Mais de 20 passeriformes recuperados em apreensão

No passado Domingo, resultado de uma apreensão realizada pelo SEPNA/GNR de Faro, em conjunto com o ICNF, o RIAS recebeu mais de 20 passeriformes que estavam em situação de cativeiro ilegal.

Esta ação aconteceu no seguimento de uma denúncia a dar conta de que o suspeito detinha diversas aves de espécies selvagens.

Dentre as aves encontravam-se pintassilgos, verdilhões, chamarizes, pintarroxos e um pardal-espanhol, espécies que não podem ser mantidas em cativeiro segundo o Decreto-Lei n.o 49/2005. A pessoa em questão foi constituída arguida, e os factos remetidos ao Tribunal Judicial de Olhão.



Feito o exame físico a todas as aves e confirmado o seu bem-estar, procedeu-se à anilhagem e transferência para uma instalação de passeriformes, onde, cada uma a seu tempo, voou novamente em liberdade.


 




Dia Mundial da Vida Selvagem 2021

A 20 de dezembro de 2013, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 3 de março - o dia em que se assinou a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), em 1973 - como o Dia Mundial da Vida Selvagem.


Este ano é destacado o papel das florestas, de espécies florestais e da importância que estes ecossistemas têm no sustento de milhões de comunidades e famílias por todo o mundo.



Deixamos aqui uma atividade para testar os seus conhecimentos sobre a fauna selvagem do nosso país.
👇

Clipping fevereiro 2021

 



Se tiver conhecimento de outras ocorrências do RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens na comunicação social, por favor informe-nos para rias.aldeia@gmail.com.


Resultados - O RIAS acumulou cerca de 3 500 votos num concurso internacional

No mês passado, o RIAS candidatou-se a uma bolsa da Turtle Island Restoration Network para aplicar em "Sensibilização e Prevenção de Lixo Marinho". 

Queríamos aplicar a ação "Clean Up Ria Formosa – Promover sensibilização na comunidade local e eventos de limpeza costeira", onde nos comprometemos a realizar ações para sensibilizar estudantes dos cinco Municípios abrangidos pela Ria Formosa a adoptar comportamentos sustentáveis, em prol da conservação deste incrível ecossistema.


Durante duas semanas e meia, apelámos diversas vezes ao voto de todos os que nos seguem na esperança de que, todos juntos, iríamos conseguir. 

O vosso contributo resultou num total de 3 565 votos, o que correspondeu ao 2º lugar.

Apesar de não termos ganho, não deixa de ser incrível o que conseguimos com a vossa ajuda. Dentre 35 organizações, o RIAS ficou em 2º lugar! Em 2º lugar num concurso internacional aberto a qualquer associação sem fins lucrativos. 


Estamos imensamente gratos, e sabemos que podemos contar convosco sempre que precisarmos. Obrigada!

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