Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2020

Clipping Março 2020





Sul Informação, 5 de Março de 2020

Associação Portuguesa de Falcoaria

Algarve Daily News, 6 de Março de 2020

National Geographic, 10 de Março de 2020
 


Se tiver conhecimento de outras ocorrências do RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens na comunicação social, por favor informe-nos para rias.aldeia@gmail.com.

Cobra de ferradura devolvida à Natureza após ter sido resgatada de uma vedação

Como centro de animais selvagens, o RIAS pode receber qualquer espécie selvagem da fauna portuguesa. Sejam aves, mamíferos anfíbios ou répteis.

No ano passado, ingressaram 102 animais pertencentes a este último grupo. Tartarugas, lagartixas e camaleões, mas também serpentes.

Este ano já recebemos quatro serpentes.

A mais recente, uma cobra de ferradura (Hemorrhois hippocrepis), ingressou no dia 10 de Março, após ter sido encontrada presa numa vedação.  Contactado o ICNF em Olhão (289 700 210), o réptil foi então recolhido e transportado até ao RIAS.

Após a realização do exame físico, verificou-se que tinha apenas um pequeno corte por abrasão.


Sem necessidade de ficar sob vigilância, foi devolvida à Natureza no mesmo dia.

 

Esta espécie pode ser encontrada numa grande diversidade de habitats secos e rochosos, onde procuram abrigo, mas também alimento, que inclui micromamíferos, répteis e aves que caçam activamente. 

Duas cegonhas, com sinais de colisão com estruturas, foram devolvidas à Natureza

Na semana passada, foi-nos possível devolver à Natureza duas cegonhas-brancas (Ciconia ciconia), que ingressaram no RIAS com sinais de terem embatido com algum tipo de estrutura. 

Uma delas chegou em Janeiro com uma fratura de coracóide e clavícula. Feita a ligadura para imobilizar esta zona, ficou a recuperar durante algumas semanas nas câmaras exteriores. 

Após esta fase, e já sem ligadura, precisou de mais tempo para realizar fisioterapia e praticar o voo, de forma a recuperar novamente a condição física.





O tempo de recuperação da segunda cegonha foi menor, pois não apresentava ferimentos. Estava um pouco desorientada, mas a voar na perfeição. Passados 3 dias, e sem razões para a manter no nosso centro, foi então devolvida à Natureza, para que possa voltar, possivelmente, ao seu ninho.


Foi devolvido à Natureza o peneireiro-cinzento que ingressou com uma fratura no coracóide

Como foi publicado anteriormente, a meio de Dezembro ingressou no RIAS um peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus). Esta ave apresentava uma fratura no coracóide esquerdo (osso que liga o esterno ao úmero) que o impedia de voar. Posto isto, foi colocada uma ligadura juntando o corpo à asa esquerda, evitando movimentos que causassem danos mais graves. 

Desde essa altura, sempre que se mudava a ligadura, era realizada fisioterapia a esta ave. Movimentar a asa cuidadosamente - garantindo que existe movimento durante esta fase - e aplicar calor na área, é extremamente importante. 

Cerca de um mês mais tarde, foi possível retirar a ligadura, permitindo ao peneireiro praticar o voo e a caça, e ganhar novamente forças.


Este foi mais um caso de recuperação bem sucedida, e por isso, no início da semana foi possível devolver à Natureza esta incrível ave.






É importante referir que esta é uma espécie com estatuto 'Quase ameaçado' em Portugal, devido à redução da capacidade de regeneração e destruição dos montados, e à intensificação da agricultura através de monoculturas cerealíferas, entre outros. Pode ver mais informação AQUI.

Ingressou no RIAS mais uma ave vítima de tiro

Na semana passada, foi encontrada uma águia-d'asa-redonda (Buteo buteo) no concelho de Aljustrel. Para que chegasse ao RIAS, foi necessária a colaboração do SEPNA/GNR de Aljustrel e do ICNF (Parque Natural do Vale do Guadiana).


Por ter sido encontrada junto a uma estrada, suspeitava-se que pudesse ter sido atropelada. No entanto, durante a realização do exame físico, foi visível uma fratura exposta na asa esquerda que, feito o Raio-X, confirmou ser resultante de tiro. Para além disto, foi ainda visível outro projétil na pata esquerda.


Infelizmente, devido aos graves ferimentos, esta fantástica ave de rapina não sobreviveu. 


A águia-d'asa-redonda é protegida pelo Decreto Lei 49/2005, e por isso, o abate (neste caso, a tiro) é considerado crime.


Em 2019 o RIAS recebeu 18 animais (16 vivos) cuja causa de ingresso foi tiro. Destes, apenas seis foram devolvidos à Natureza. A gravidade dos ferimentos, e por vezes, o tempo decorrido até que o animal seja encontrado, influencia sempre o sucesso da sua recuperação.


Qual a relação entre um ouriço-cacheiro e uma rede de pesca?

À partida nenhuma. 

Mas no final de Janeiro, ingressou no nosso centro um ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), vindo da região de Tavira. Entregue juntamente com o pequeno animal, estavam a rede em que tinha sido encontrado.  


Apesar de lhe terem causado cortes em redor do corpo, estes não eram muito profundos, e por isso, foi necessário fazer apenas um curativo simples para que cicatrizasse.



Atualmente, quase dois meses depois, este ouriço está recuperado, e foi devolvido à Natureza, juntamente com outros três ouriços.




Guincho-comum que ingressou com intoxicação gastrointestinal, devolvido à Natureza em Sábado Livre

No início de Fevereiro ingressou no RIAS um guincho-comum (Chroicocephalus ridibundus) com sintomas compatíveis com intoxicação gastrointestinal (diarreia e desidratação) e paralisia muscular. 


Esta é a principal causa de ingresso de gaivotas no nosso centro (veja AQUI mais sobre o assunto).

Tendo estado cerca de um mês em recuperação, que incluiu, entre outros,  hidratação através de fluídos sub-cutâneos, e uma alimentação adequada, foi devolvido à Natureza no passado Sábado Livre.




Nas imagens já é visível o "capuz" castanho escuro que desenvolve como plumagem nupcial nesta altura do ano, e que irá perder no Inverno.

Devolução à Natureza de um falcão-peregrino, pelas mãos de Henrique Keys, escultor de um camaleão gigante

Como divulgado no evento de Sábado Livre , há cerca de duas semanas ingressou no RIAS um falcão-peregrino (Falco peregrinus).


Apesar de não apresentar lesões recentes, o seu olho direito tinha um ferimento já cicatrizado e estava um pouco magro. Ainda assim, sem razões que justificassem uma longa estadia no nosso centro, certificámo-nos de que aumentava um pouco o seu peso, voava na perfeição, e que era capaz de caçar.


Foi então devolvido à Natureza pelo artista Henrique Keys, que construiu e expôs um camaleão durante a celebração do 10º aniversário do RIAS. 





Neste Sábado decidiu doar-nos a escultura, símbolo do nosso centro durante esta década de existência.

Um enorme obrigada Henrique.







Várias gaivotas, e uma águia-d'asa-redonda devolvidas à Natureza em Sábado Livre

Como já referimos em publicações anteriores, sempre que um animal recupera, contactamos a pessoa que encontrou e/ou entregou o animal no RIAS, para se possível assistir à sua devolução à Natureza. 

Foi o que aconteceu no Sábado passado. Várias pessoas deslocaram-se até ao nosso centro para ver voar as gaivotas que há cerca de um mês trouxeram doentes.

 

Mais tarde, no horário já habitual de Sábado Livre (12h), foi devolvida à Natureza uma águia-d'asa-redonda (Buteo buteo) que ingressou no RIAS debilitada e com ferimentos no dorso, possivelmente causados pelo embate com alguma estrutura. 



Pelas mãos de quem a carinhosamente a apadrinhou, e após um mês de recuperação, voou na perfeição, rumo a uma nova aventura.