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Clipping Outubro 2019



Barlavento, 1 de Outubro de 2019

Portugal Resident, 2 de Outubro de 2019

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Algarve  Primeiro, 3 de Outubro de 2019

Algarve  Primeiro, 3 de Outubro de 2019

Postal, 3 de Outubro de 2019

Diário Online Região Sul, 4 de Outubro de 2019

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Algarve Marafado, 7 de Outubro de 2019

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Sapo Viagens, 8 de Outubro de 2019

Who Trips, 11 de Outubro de 2019

Antena 1, 11 de Outubro de 2019

Correio da Manhã, 20 de outubro de 2019

Algarve Primeiro, 22 de Outubro de 2019

Câmara Municipal de faro, 22 de Outubro de 2019

Algarve daily news, 22 de Outubro de 2019

Correio da Manhã, 23 de Outubro de 2019

Antena 1, 26 de Outubro de 2019


Se tiver conhecimento de outras ocorrências do RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens na comunicação social, por favor informe-nos para rias.aldeia@gmail.com.

Um Sábado cheio de devoluções à Natureza...

As gaivotas-de-patas-amarelas e gaivotas-d'asa-escura são as espécies de gaivotas que mais recebemos. Por vezes, e geralmente com os mesmos sintomas (desidratação, diarreia, paralisia), também recebemos outras espécies, como o guincho-comum (Chroicocephalus ridibundus) e a gaivota-de-cabeça-preta (Larus melanocephalus). Foram estas duas espécies que devolvemos à Natureza no passado Sábado.

O guincho-comum é uma ave que ocorre em Portugal principalmente como invernante, e por isso, é tipicamente observado com a sua plumagem de Inverno, como visto nas nossas imagens. Na época nupcial, desenvolve um capuz castanho.

Guincho-comum.



A gaivota-de-cabeça-preta é uma espécie em muito semelhante ao guincho. Invernante em Portugal, pode ser observada entre Outubro e inícios de Março. É nesta altura que ruma para Norte, e muda a plumagem para um capuz preto, característica que a diferencia do guincho-comum.

Gaivota-de-cabeça-preta.

Neste dia, vários patos (frisadas e galeirões) foram também devolvidos à Natureza. Ingressados com sintomas compatíveis com botulismo, precisaram de fluidoterapia (administração de fluídos) e uma alimentação adequada para recuperar.


Dois bufos-reais ingressados no RIAS após encontro com arame farpado!

A meio do mês de Agosto, foi-nos trazido um bufo-real (Bubo bubo) recolhido no Algarve.

Após realizado o exame físico, a equipa veterinária encontrou arame farpado preso na asa esquerda. As feridas causadas por este material foram suturadas, e administrado antibiótico à ave para evitar qualquer tipo de infeção.

Após uma recuperação de quase dois meses, este imponente animal pôde finalmente ser devolvido à Natureza. Momento esse que fez a delícia de miúdos e graúdos presentes.



Mais tarde, no final de Setembro, ingressaram no nosso centro, mais dois bufos, desta vez vindos do Alentejo. Infelizmente, apenas um deles se encontrava com vida, vítima também de encontro com um arame farpado.

Feita a ligadura, e após algum tempo numa instalação interior, está neste momento a recuperar no exterior, onde irá praticar o voo, ganhando novamente músculo para poder caçar, e eventualmente sobreviver de forma autónoma.





Em Portugal, o bufo-real tem estatuto 'Quase ameaçado', sendo que a colisão e eletrocussão, a degradação de habitats e a perturbação humana estão entre algumas das ameaças a esta espécie.

Pode ver AQUI a ficha do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas para este animal.

Curso Prático: Introdução à Medicina de Fauna Selvagem, 4ª Edição



O RIAS vai realizar nos dias 29 e 30 de Novembro e 1 de Dezembro, a 4ª edição do Curso Prático: Introdução à Medicina de Fauna Selvagem. Este evento é dirigido essencialmente a estudantes e profissionais da área da medicina veterinária ou similares.


Programa:

Módulo 1 – Noções básicas sobre Recuperação de Fauna Selvagem
Módulo 2 - Introdução à Identificação de Fauna Selvagem
Módulo 3 – Captura, manipulação e contenção
Módulo 4 - Recepção e diagnóstico inicial 
Módulo 5 - Primeiros socorros em mamíferos marinhos 
Módulo 6 - Causas de admissão mais frequentes e procedimentos básicos
Módulo 7 - Medicina legal em fauna selvagem
Módulo 8 - Visita guiada às instalações do RIAS


PROGRAMA DETALHADO AQUI!


Preço por pessoa:



Todas as inscrições incluem:
            - Participação no curso
            - Certificado de participação
            - Coffee-breaks 
      

O alojamento inclui:
   - 2 noites, em bungalow T2 (4pax) partilhado no Parque de Campismo de Olhão

        
IMPORTANTE!

* As vagas para alojamento são limitadas e aceites por ordem de inscrição.
** As inscrições de grupo deve ser feitas simultaneamente (uma ficha por inscrito) e nas observações é necessário indicar o nome dos outros elementos do grupo!


Nota: Os participantes deverão trazer bata para as sessões práticas.

********************


Inscrições – MODO DE PAGAMENTO:
Em caso de desistência não será reembolsado o valor da inscrição.

- TRANSFERÊNCIA*:
NIB: 003505550004877083028 (Caixa Geral de Depósitos de Olhão)

* Enviar comprovativo de transferência por correio electrónico para rias.aldeia@gmail.com



Mais um pato-branco devolvido à Natureza, em Sábado Livre

Como estava previsto, no Sábado Livre que passou, o RIAS devolveu à Natureza um pato-branco (Tadorna tadorna).

Como a maioria dos patos que tem ingressado no nosso centro, também este apresentava sintomas compatíveis com botulismo, doença que os deixa paralisados, impedindo-os de se alimentarem, e conduzindo consequentemente à sua morte. 

Estes casos exigem que sejam administrados fluídos sub-cutâneos para hidratar, e mais tarde, uma alimentação apropriada. Geralmente, levam cerca de um mês a recuperar, altura em que são libertados novamente no seu habitat.









Três aves ingressadas recentemente no RIAS, alvo de abate a tiro!!

Desde o final de Setembro, ingressaram no RIAS três aves vítimas de abate a tiro. Infelizmente, duas destas aves, uma águia-d'asa-redonda (Buteo buteo) e uma águia-calçada (Aquila pennata) já chegaram ao nosso centro sem vida.

Raio-X da águia-d'asa-redonda.

Raio-X da águia-calçada.

Estas aves são predadores de topo, e têm um papel importante na teia alimentar. A águia-calçada é uma ave com estatuto de conservação em Portugal como 'Quase ameaçada', e protegia por diversos decretos de lei. 


Estes atos não são aceitáveis, e são mesmo puníveis por lei.
Não compactue com estes crimes. Denuncie.


A terceira ave, uma garça-real (Ardea cinerea), a maior garça que ocorre em Portugal, ingressou dia 8 de Outubro com três chumbos visíveis no corpo, e uma fratura na asa direita, na qual foi colocada uma ligadura.  

Raio-X da garça-real.

Neste momento, está numa das nossas câmaras de recuperação, onde foram colocadas estruturas para enriquecer o espaço, de forma a simular o seu habitat natural o melhor possível.




Participámos mais uma vez no Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza de Sagres

A comemorar 10 anos de existência, o Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza de Sagres, contou este ano mais uma vez com a participação de dezenas de parceiros, incluíndo o RIAS.

Este festival começou dia 10, e o nosso centro contribuiu com várias atividades de iniciação à observação de aves, todas elas esgotadas, refletindo o interesse dos participantes nesta temática. 


O fim-de-semana da nossa veterinária começou com o Workshop de Primeiros Socorros a Aves, onde foram explicadas as técnicas usadas para capturar e transportar em segurança um animal selvagem até chegar ao RIAS.



No último dia do festival, e como tem sido habitual, o RIAS realizou a devolução à Natureza de animais recuperados. Este ano, os participantes puderam observar de perto dois peneireiros-vulgares (Falco tinnunculus). 



Um deles foi encontrado e encaminhado para o nosso centro pela Associação Ambiental e Cultural Protagonist Falcon, e apenas se encontrava desidratado, e sem lesões aparentes, tendo tido uma recuperação rápida. 

O segundo peneireiro foi um caso mais delicado, pois chegou-nos há mais de dois meses com a pata direita inchada e sem dois dedos, algo causado possivelmente por um fio. No entanto, este contratempo não afetou a sobrevivência da ave, tornando possível a sua devolução à Natureza.



Para este momento, tivemos a ajuda da vice-presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo, e da Presidente da Direção Nacional da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).





Sabe 'O que são egagrópilas?'. 
Foi com esta atividade que terminou a nossa participação na 10ª edição do Festival de Observação de Aves e Atividades de Natureza de Sagres.


Os participantes descobriram que aquilo que não é digerido por algumas aves, é expelido na forma de uma massa (composta por ossos, pêlos, penas, e até mesmo dentes) que permite conhecer a dieta da ave em questão, neste caso rapinas noturnas, e eventualmente ajudar na sua conservação.


Um muito obrigado a todos os que participaram na 10ª edição deste festival, e Parabéns às entidades organizadoras (Município de Vila do Bispo, SPEA e Almargem).

A primeira íbis-preta recuperada e devolvida à Natureza pelo RIAS

Ao longo dos 10 anos que o RIAS está em funcionamento, e até ao final de Agosto, recebemos apenas 4 íbis-pretas (Plegadis falcinellus) com sinais de trauma. Infelizmente, nenhuma destas sobreviveu.

Mas no dia 6 de Setembro, ingressou no RIAS mais um indivíduo, desta vez com sintomas compatíveis com intoxicação gastrointestinal. Foram administrados fluídos sub-cutâneos para hidratar, e alimentada com papa nos primeiros dias. 
Apesar da dificuldade e tempo dispendido para que aceitasse o alimento sólido, aos poucos foi ganhando forças, aumentando de peso, e mais tarde começou a comer de forma autónoma.

Felizmente, no passado Sábado Livre, pudemos finalmente devolver esta íbis-preta ao seu habitat natural, para grande orgulho de toda a equipa. 




Esta espécie pode ser observada em Portugal durante todo o ano mas é mais abundante no Inverno, entre Setembro e Março, podendo juntar-se em bandos de várias dezenas de indivíduos.



Para além desta ave, foram também devolvidos à Natureza três patos de espécies diferentes. Um pato-branco (Tadorna tadorna), uma frisada (Anas strepera) e um pato-real (Anas platyrhynchos) que ingressaram no RIAS com sintomas compatíveis com botulismo. 

Após algumas semanas em recuperação, puderam ser libertados de novo na Natureza.






Fomos até ao Sítio da Fontes, devolver duas frisadas com uma curiosa turma de 2ºano

No início deste mês, deslocámo-nos até ao Sítio das Fontes, em Lagoa, para devolver à Natureza duas frisadas (Anas strepera) recuperadas no nosso centro.

Contámos com a presença de uma turma de 2º ano para nos ajudar, mas também com a Vice-presidente da Câmara Municipal de Lagoa.







Para além deste incrível momento, aproveitámos para explicar a estas crianças, a importância do RIAS na conservação da Natureza, e na recuperação de animais selvagens.

A curiosidade e entusiasmo desta turma durante toda a atividade foi fascinante, e todos saímos de lá com a sensação de dever cumprido. 



Esta foi apenas a primeira de várias atividades que temos programadas em parceria com o Município de Lagoa, a realizar neste local fantástico que é o Sítio das Fontes.



Para além de recebemos a visita do núcleo de mergulho da FCUL e de vários jovens do programa ERAMUS+, realizámos um Workshop de Primeiros socorros a aves selvagens

No final do mês de Setembro recebemos a visita de dois membros do Núcleo de Mergulho Científico da FCUL (Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) para conhecerem o RIAS, a organização a quem entregaram um donativo como forma de ajudar animais selvagens.

Agradecemos imenso a vossa visita e o apoio ao nosso centro.


Nesse mesmo dia, recebemos ainda um grupo de jovens da escola EB 2/3 Paula Nogueira, integrado no programa ERASMUS+. 

Estes 50 visitantes sabem puderam observar algumas dos animais que temos em recuperação, através das câmaras de vigilância que temos no nosso Centro de Interpretação Ambiental. Para além das frisadas, galeirões e gaivotas a recuperar, puderam ver a águia-pesqueira que deu entrada com fio emaranhado  numa das asas (publicação no blog: https://rias-aldeia.blogspot.com/2019/10/aguia-pesqueira-ave-considerada.html).



No final desta visita, ajudaram-nos a devolver à Natureza um camaleão-comum (Chamaeleon chamaeleon), animal difícil de observar durante o dia devido à sua camuflagem. Por isso, este foi um momento bastante entusiasmante para os nossos visitantes.


No dia seguinte, o RIAS realizou um mini-workshop de 'Iniciação à identificação de aves aquáticas e marinhas' e 'Primeiros Socorros para aves selvagens', que contou com a presença de várias entidades, com o objetivo de saber como prestar auxílio aquando o encontro com um animal selvagem ferido.



Neste Sábado Livre, para além de devolver à Natureza cágados-mediterrânicos, libertámos ainda um tartaranhão-ruivo-dos-pauis!

No fim-de-semana que passou, o RIAS devolveu à Natureza, dois cágados-mediterrânicos (Mauremys leprosa).


Por serem espécies autóctones e selvagens, estes animais não podem ser mantidos em cativeiro. No entanto, foi nessa situação que deram entrada no nosso centro. Alimentados de uma forma incorreta ou mantidos em instalações que não são as adequadas, podem apresentar sinais de má nutrição e problemas na formação da carapaça, ou mesmo ferimentos. 

Estes animais, felizmente, foram entregues ao RIAS, e após algumas semanas em recuperação, estavam preparados para voltar ao seu habitat natural.


Para além desta espécie, chegou a altura de devolver à Natureza, um tartaranhão-ruivo-dos-pauis (Circus aeruginosus), que ingressou no RIAS muito débil.



Esta ave, juntamente com a águia-pesqueira que está ainda em recuperação (veja aqui a publicação), foi marcada com um transmissor (GPS/GSM logger) em conjunto com Ivan Literák (Departamento de Biologia e Doenças da Vida Selvagem, da Universidade de Ciências Veterinárias e Farmacêuticas, na República Checa) para poder ser localizada, e desta forma, estudar o sucesso de aves libertadas por centros de recuperação.

Este é o projeto de Doutoramento de Lenka
Rozsypalova (aluna de Ivan Literák), que esteve connosco durante um mês. Terminado este estágio, irá agora monitorizar diariamente as aves marcadas, e estudar as suas atividades espacio-temporais (http://www.birdtelemetry.cz/en/).

Devolução à Natureza do tartaranhão em questão, pela Lenka.

Cerimónia Comemorativa do 10º aniversário do RIAS

Depois do fim-de-semana agitado que a equipa do RIAS teve, chegou o dia para apresentar oficialmente o trabalho feito nestes 10 anos de existência.

Foi em 2009 que o RIAS abriu portas para receber animais selvagens de todo o Algarve e Baixo Alentejo. Desde aves, a répteis, a mamíferos, e por vezes, até anfíbios, foram cerca de 14 000 os animais recebidos (dos quais 11 305 ingressaram vivos), e mais de 5 500 animais devolvidos à Natureza.




No final desta cerimónia, convidámos a nossa plateia para a devolução à Natureza de um peneireiro-comum (Falco tinnunculus) que ingressou no RIAS com sinais de atropelamento. 




Após a libertação, cantou-se os Parabéns ao RIAS e houve bolo para toda a gente!







Muito obrigada a todos os que conseguiram estar presentes.