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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Últimas libertações de 2018, mais um ano incrível que termina!

Nada melhor do que acabar o ano com a devolução à natureza de animais recuperados. E que grande ano foi 2018! 

Gaivotas libertadas no dia 28 de Dezembro na Quinta de Marim

Para nós é sempre difícil fazer um balanço, com tantas coisas maravilhosas que aconteceram e outras menos boas, mas que rapidamente se esquecem, quando libertamos um animal recuperado. É uma sensação indescritível quando vemos uma ave voar em liberdade das mãos de uma criança, quando percebemos que todo o trabalho e dedicação valeram a pena e que conseguimos, mais uma vez, dar uma segunda oportunidade a um animal! 

Ouriço-cacheiro libertado no dia 29 de Dezembro em Silves

2018 foi um ano desafiante, com alterações na equipa que nos obrigaram a adaptar a novas rotinas e com a vinda de voluntários incríveis sem os quais não conseguiríamos crescer, profissional e pessoalmente. 

Abraçamos com garra novos projectos, que para além de nos darem financiamento, permitiram que o nosso trabalho tomasse novos rumos.

Cria de coruja-do-mato em recuperação em Abril de 2018

Conseguimos sensibilizar ainda mais pessoas para a importância da conservação da natureza e, temos a certeza que alteramos algumas mentalidades para benefício da biodiversidade. 

Claro que tivemos momentos menos bons, onde enfrentamos a dura realidade a que a nossa fauna está sujeita, onde vimos até que ponto a espécie humana consegue ser cruel e egocêntrica, ao ponto de matar ou maltratar animais indefesos e tão importantes para a nossa própria sobrevivência. 

Cirurgia realizada a 18 de outubro de 2018 para retirar um anzol do esófago de uma gaivota

No entanto, como sempre até aqui, continuamos a acreditar no nosso trabalho, continuamos a zelar para que os nossos dias tragam sempre algo de bom para a natureza, continuamos a lutar com todas as armas que temos para fazer a diferença. 

Devolução à natureza de um alcaravão no dia 13 de julho de 2018

Resta-nos agradecer a todas as pessoas que de alguma forma apoiam o nosso trabalho, e que acreditam que o mundo em que vivemos pode ser cada vez melhor. 

A todos um MUITO OBRIGADO e esperamos contar convosco no próximo ano!!


Trabalhar em rede para melhorar resultados

O RIAS está integrado na Rede Nacional de Centros de Recuperação para a Fauna Selvagem, criada em 2009 para promover a recuperação e conservação da biodiversidade (in situ e ex situ), fomentar o conhecimento científico e a educação ambiental da comunidade. 

Esta rede é coordenada pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas em parceria com a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária e é regulamentada pela Portaria nº 1112/2009 de 28 de Setembro. O RIAS foi reconhecido pela Rede em 2012 tendo o número de registo 2012PT05/CR.


O bom funcionamento da Rede Nacional tem inúmeras vantagens, nomeadamente na recuperação de indivíduos ou espécies com determinadas particularidades ou exigências, como no caso de algumas aves marinhas, aves necrófagas, mamíferos ou alguns répteis. 

Devido à localização geográfica, às diferentes casuísticas e disponibilidade de instalações, cada centro que integra a Rede tem determinados pontos fortes e fracos que devem ser aproveitados como um todo, permitindo uma melhoria dos resultados globais da recuperação de animais a nível nacional. Assim sendo, a transferência de animais entre centros deve ser ponderada sempre que haja necessidade e traga vantagens para o seu processo de recuperação.

Recentemente deu entrada no RIAS um papagaio-do-mar que provavelmente terá colidido contra alguma estrutura pois apresentava sangue no bico. 


Após alguns dias de internamento e, apesar de ser capaz de se alimentar sozinha, a evolução desta ave não estava a decorrer conforme o esperado, sendo um dos motivos a inexistência no RIAS de uma piscina devidamente equipada com sistema de filtragem e água salgada. A falta desta estrutura estava a pôr em causa a permeabilidade das penas desta pequena ave marinha. Assim, foi decidido pela equipa técnica do RIAS, transferir este paciente para um centro especializado na recuperação de animais marinhos: o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos CRAM-ECOMARE em Aveiro.

O CRAM-ECOMARE é um centro de recuperação dedicado sobretudo a mamíferos, répteis e aves marinhas e, como tal, as suas recentes instalações são ideais para a recuperação de aves como o papagaio-do-mar.



Assim, nas vésperas do Natal, o nosso simpático paciente foi transferido e está a adaptar-se bem, conforme é possível observar neste vídeo publicado na página do Facebook do CRAM-ECOMARE. 


O RIAS agradece a simpatia e disponibilidade dos técnicos do CRAM-ECOMARE e deseja o maior sucesso na recuperação desta ave!

A liberdade nas asas dos grifos


No dia 19 de Dezembro amigos e voluntários do RIAS tiveram a honra de assistir a um dos mais impressionantes momentos do trabalho do centro: a devolução à natureza de 6 grifos recuperados. 


Estas imponentes aves ingressaram no RIAS no final de Setembro e Outubro sendo provenientes de Mértola, Serpa, Beja, Almancil e Fuseta. Estavam todos bastante debilitados na sua chegada ao RIAS, essencialmente devido à dificuldade em encontrar alimento durante o período de migração. 


Com o auxílio do Parque Natural da Ria Formosa, deslocamo-nos à serra de Alcaria Ruiva, em Mértola, local de eleição para esta libertação devido à proximidade de dormitórios conhecidos e alimentadores dirigidos a esta espécie.


Foi um momento de grande emoção, quando amigos e voluntários do RIAS, técnicos da Liga para a Protecção da Natureza, Vigilantes da Natureza do ICNF e técnicos do Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico abriram as 6 caixas e deixaram voar em liberdade estas magníficas aves.


Para além das habituais anilhas metálicas com que todas as aves são libertadas, três dos seis grifos foram marcados com marcas alares verdes que permitirão um melhor seguimento pós-libertação destas aves.

Campanha de Apadrinhamento de Natal 2018



Todos os anos o CERVAS (Gouveia) e o RIAS (Olhão) fazem uma campanha de Natal conjunta, que pretende ser um meio de angariação de fundos para a manutenção e gestão dos dois centros de recuperação de fauna selvagem, geridos pela Associação ALDEIA.

Ao oferecer um apadrinhamento estará a contribuir simbolicamente para o trabalho dos dois centros e quem o receber terá um presente original e solidário que proporciona a possibilidade de assistir à devolução à Natureza do animal apadrinhado (se tal for possível no final do processo de recuperação). 

Torne-se num membro activo na dinamização da recuperação de animais selvagens em Portugal, ajude-nos! E ofereça neste Natal um presente original!




Existem 3 modalidades de apadrinhamento:

Apadrinhamento Digital - 15€
Inclui:
- Certificado de apadrinhamento em formato digital;
- Possibilidade de assistir à devolução à natureza do animal apadrinhado;
- Possibilidade de solicitar informações e fotografias do animal;
- Inserção do seu email na lista de divulgação do RIAS/CERVAS para que possa receber informações sobre as próximas actividades em que pode participar.

Apadrinhamento Standard- 25€ 
Inclui:
- Certificado de apadrinhamento impresso;
- Boletim informativo sobre a espécie apadrinhada;
- Possibilidade de assistir à devolução à natureza do animal apadrinhado;
- Possibilidade de solicitar informações e fotografias do animal;
- Possibilidade de visitar o RIAS/CERVAS  (convite para visita guiada de 2 pessoas às instalações no Dia Aberto do RIAS/CERVAS);
- Inserção do seu email na lista de divulgação do RIAS/CERVAS para que possa receber informações sobre as próximas actividades em que pode participar.

Apadrinhamento Kit Oferta- 35€
Inclui:
- Certificado de apadrinhamento impresso;
- Boletim informativo sobre a espécie apadrinhada;
- Possibilidade de assistir à devolução à natureza do animal apadrinhado;
- Possibilidade de solicitar informações e fotografias do animal;
- Possibilidade de visitar o RIAS/CERVAS (convite para visita guiada de 2 pessoas às instalações no Dia Aberto do RIAS/CERVAS);
- 2 Brindes do RIAS/CERVAS;
- Inserção do seu email na lista de divulgação do RIAS/CERVAS para que possa receber informações sobre as próximas actividades em que pode participar.


Colabore com o CERVAS e com o RIAS participando nesta campanha ou contribuindo para a sua divulgação, encaminhando esta informação!

Contactos :
E-mail: rias.aldeia@gmail.com
Tel: 927659313
Morada: Rua do Parque Natural da Ria Formosa, Quelfes. 8700-194 Olhão

Modos de pagamento:

CHEQUE: Em nome de Associação ALDEIA, para a morada em cima mencionada.

TRANSFERÊNCIA*IBAN: PT50.0035.0555.00048770830.28 (Caixa Geral de Depósitos de Olhão, em nome de Acção, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação, Ambiente)

* Enviar comprovativo de transferência por correio para a morada acima indicada, ou por correio electrónico para rias.aldeia@gmail.com


Educando os mais pequenos

Durante a semana passada realizamos duas actividades de educação ambiental em parceria com o Centro Ambiental de Loulé.


Os pequenos alunos da escola Vale de Silves e da escola EB1 Cónego Clementino de Brito Pinto, tiveram a oportunidade de aprender algumas curiosidades sobre os mamíferos, répteis e anfíbios mais comuns do Algarve.



Entre fotografias fomos esclarecendo as imensas dúvidas que estes curiosos alunos tinham sobre a nossa fauna selvagem. 



Estas foram as primeiras sessões do projecto "Bicos e Patas, Pêlos e Penas" promovido pelo Centro Ambiental de Loulé (Município de Loulé e Associação Almargem) em parceria com o RIAS.



No final da semana, e como já vem sendo habitual, devolvemos à Natureza 15 animais recuperados: 3 cágados-mediterrânicos, 2 ouriços-cacheiros, 4 gaivotas-de-patas-amarelas e 6 gaivotas-de'asa-escura.








O RIAS agradece a presença das 20 pessoas que vieram assistir a mais esta acção!

Será o inverno altura de relaxar?

Se perguntarmos a qualquer técnico de um centro de recuperação qual é a melhor altura do ano para se trabalhar a resposta é unânime: no Inverno! Como já referimos aqui, no inverno o número de animais em recuperação diminui, mas isso não significa que podemos relaxar!! Esta é a altura em que nos dedicamos ao trabalho de computador, aos arranjos e limpezas de instalações, e à formação mais intensiva dos nossos técnicos e voluntários.

Esta semana apesar de só terem entrado 11 animais no RIAS, foi uma semana atribulada devido às particularidades das espécies recebidas. Entre crias de ouriços-cacheiro, um grifo, um morcego e algumas gaivotas, o maior destaque foi para um papagaio-do-mar! 


Apesar de nidificarem no Atlântico Norte, os papagaios-do-mar passam o inverno mais a sul, altura em que é possível observá-los na costa portuguesa. Esta curiosa ave foi encontrada na ilha do Farol, possivelmente após ter colidido com alguma estrutura, pois apresentava sangue no bico. Por ser uma espécie pouco comum no RIAS, tivemos estudar bastante sobre a sua alimentação e hábitos e foi necessário também adaptar uma instalação. 

Papagaio-do-mar no segundo dia de internamento no RIAS

Esta semana foi também preenchida com a devolução à natureza de 5 animais recuperados.
Começamos na terça-feira, dia 4, com a devolução à natureza de uma gaivota-de-patas-amarelas e um pequeno camaleão, que foram libertados por quem os encontrou.



Na quinta-feira demos as boas vindas à nossa mais recente voluntária, a alemã Carla, que teve o privilégio de libertar um tentilhão. 

Welcome Carla!!

Na sexta-feira participamos ainda na tertúlia "O mar, o plástico e nós... sinais de uma sociedade do desperdício" coordenada pela Associação In Loco e que decorreu em São Brás de Alportel, após a exibição do filme "Albatroz". 






Para acabar a semana da melhor forma possível, tivemos a presença de 37 pessoas no Sábado Livre! 


Para além da visita ao centro de interpretação ambiental do RIAS, os participantes assistiram à devolução à natureza de um guincho-comum e de um ouriço-cacheiro. 





O aniversariante Gui teve o privilégio de libertar o guincho!



 O ouriço-cacheiro foi libertado pelo Fernando que adorou a experiência!

O inverno está a chegar: diminuem os ingressos de animais no RIAS

O número de ingressos no RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens tem vindo a diminuir progressivamente, como é caraterístico com a aproximação do inverno. Na semana passada, foram admitidos 17 animais no centro sendo que dois deles foram já recolhidos sem vida. Um destes animais foi uma gineta (Genetta genetta), recolhida em Santa Catarina de Fonte do Bispo, vitimada por atropelamento. Este mamífero carnívoro de médio porte é relativamente comum no Sul de Portugal, contudo tem hábitos noturnos e movimenta-se com um discrição exímia que dificulta a sua observação.

Gineta em recuperação no CERVAS - Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens (fotografia de Artur Oliveira)

Mais uma vez predominaram as aves entre os animais admitidos, mas existiram também três mamíferos, incluindo dois ouriços-cacheiros (Erinaceus europaeus) que se juntaram aos seis que se encontravam previamente em recuperação. 


No SÁBADO LIVRE foram batidos todos os recordes: 20 animais devolvidos à natureza e 28 participantes! Entre os números da semana passada fica também o registo pouco habitual de uma semana em que o número de animais devolvidos à natureza excedeu aquele dos animais ingressados!

Dia Internacional do Voluntário

Com o objetivo de valorizar e incentivar o serviço voluntário, celebra-se hoje o Dia Internacional do Voluntário!

No RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens, os voluntários desempenham um papel indispensável sem os quais o funcionamento do centro estaria comprometido. Eles são responsáveis pela preparação e distribuição de alimentação, manutenção e limpeza das instalações, auxiliar o diretor clínico nos tratamentos diários, e receber visitantes no espaço interpretativo do RIAS, entre outras tarefas. Desde 2009, o RIAS contou com o apoio de mais de 200 voluntários!

A todos os voluntários que emprestaram as suas mãos ao RIAS e àqueles, mais concretamente àquelas, que atualmente auxiliam os trabalhos diários do centro, dedicamos este filme didático sobre o trabalho no RIAS, realizado pela Suzan Kekeç que em 2016 fez voluntariado no RIAS.


Caso esteja também interessado em fazer voluntariado connosco, espreite as nossas condições, e contate-nos se quiser saber mais informações!

SÁBADO LIVRE | Devolução à natureza de vinte animais!

No passado SÁBADO LIVRE, as portas do espaço interpretativo do RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens abriram com 10 minutos de atraso. Embora tivesse sido anunciada a libertação de um coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus), seis gaivotas-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e quatro gaivotas-d'asa-ecura (Larus fuscus), haviam outras nove gaivotas prontas para serem devolvidas à natureza. Para que encurtar o tempo que estes animais iriam permanecer nas caixas transportadoras até à sua libertação, a captura destes vinte animais decorreu apenas momentos antes de abrir as portas de mais um SÁBADO LIVRE... e daí o atraso!
Nunca um SÁBADO LIVRE contou com tantos animais para serem devolvidos à natureza. No entanto, este novo recorde foi acompanhado também por um recorde no número de participantes, tendo o momento da libertação sido presenciado por 28 pessoas! Alguns participantes provinham já da saída para observação de aves limícolas que o RIAS guiou, com o apoio da Câmara Municipal de Olhão, um par de horas mais cedo na Quinta Marim.

Durante a saída de observação de aves limícolas os seis participantes observaram mais de 40 espécies.

As limícolas são um grande grupo de aves que têm adaptações especiais para se alimentarem junto de água, como pernas mais altas e bicos mais compridos para poderem capturar invertebrados que se enterram na areia ou na lama. A grande maioria das limícolas são migradores de grandes distâncias e, dadas as variações subtis de tamanho e plumagens entre espécies, a sua identificação é muitas vezes um desafio! A lista de espécies observadas durante a saída superou as quatro dezenas, sendo que nem todas foram limícolas e até foi possível observar algumas aves de rapina.

Libertação do coelho-bravo pelo seu padrinho.

O coelho-bravo foi-nos entregue em outubro afetado por mixomatose, uma doença vírica que frequentemente conduz à morte de coelhos, mas os cuidados prestados (medicação e alimentação) permitiram a sua rápida recuperação. A sua libertação foi presenciada tanto pela pessoa que o recolheu em Portimão como pelo seu padrinho, tendo ambos contribuído diretamente para o sucesso da reabilitação deste mamífero. 

Dez gaivotas-d'asa-escura e nove gaivotas-de-patas-amarelas foram libertadas em frente ao RIAS no sábado.

As dezanove gaivotas devolvidas à natureza correspondiam a dez gaivotas-d'asa-escura e nove gaivotas-de-patas-amarelas e, na sua maioria, haviam ingressado por motivo de síndrome parético. Cada uma foi marcada com uma anilha colorida na pata esquerda, onde consta um código alfanumérico bem visível que irá contribuir para um maior conhecimento acerca do destino destas gaivotas após a devolução à natureza. Apenas necessitamos que nos cheguem registos dos códigos presentes nestas anilhas sempre que fôr observada uma gaivota anilhada. Contamos consigo para esta tarefa!

RIAS Clipping | Novembro 2018


Algarve Primeiro, 28 de Novembro de 2018

A Voz do Algarve, 27 de Novembro de 2018

Região Sul, 26 de Novembro de 2018

Região Sul, 26 de Novembro de 2018

Município de Olhão, 26 de Novembro de 2018

Sul Informação, 23 de Novembro de 2018

National Geographic, 19 de Novembro de 2018


Se tiver conhecimento de outras ocorrências do RIAS – Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens na comunicação social, por favor informe-nos para rias.aldeia@gmail.com.

Nasceram dois ouriços-cacheiros no RIAS!

No dia 19 de novembro, recebemos no RIAS - Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens uma fêmea de ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus), trazida desde Tavira por um particular após ter sido atacada por um cão. Embora não apresentasse lesões graves, e tivesse até um peso acima da média para esta espécie (952g), prestaram-se-lhe alguns cuidados básicos e o animal foi acomodado numa câmara de recuperação com alimento adequado em abundância. Ao atribuir a alimentação na manhã do quinto dia em recuperação, qual não foi o nosso espanto, constatando que o peso exagerado correspondia a uma gravidez... havia dado à luz duas lindas crias!

Crias de ouriço-cacheiro recém-nascidas.

Não há ninguém em Portugal que não conheça o ouriço-cacheiro, mas o que muitos não sabem é que este mamífero é o maior dos insetívoros da fauna portuguesa, alimentando-se sobretudo de invertebrados junto ao solo. A espécie ocupa todo o território português, ocorrendo tanto em florestas e pastagens, como em jardins. É uma espécie essencialmente solitária e territorial, com hábitos noturnos, e, numa única noite, pode percorrer mais de 3km!


Têm o dorso coberto por cerca de seis mil espinhos longos e aguçados, cujo desenvolvimento se inicia poucos dias após o nascimento (como é possível constatar neste curto vídeo, filmado quando as crias tinham apenas quatro dias!). Este é um método de defesa que lhes permite, quando ameaçados, enrolar o corpo, não deixando espaço para que o predador aceda a zonas do corpo desprovidas de espinhos.

Na manipulação de ouriços-cacheiros recomenda-se o uso de luvas. 

A época de reprodução tem início na primavera, uma vez findo o período de hibernação, e as fêmeas têm habitualmente uma ninhada de 2 a 8 crias em setembro. A maturação sexual é atingida com um ano de idade e a espécie tem uma longevidade média de 3 anos, mas podem viver até aos 10 anos de idade.

Muitos ouriços-cacheiros que ingressam no RIAS são órfãos.

Neste momento, temos seis ouriços-cacheiros em recuperação no RIAS, e todos aguardam apadrinhamento. Apoie a recuperação destes animais com o seu apadrinhamento e torne-se um membro ativo na conservação desta espécie!