Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2014

Devoluções à Natureza de dia 18 de Novembro de 2014

Devolução à Natureza de 3 gaivotas-d'asa-escura (Larus fuscus) e de 2 gaivotas-de-patas-amarelas (Larus michahellis)
Quinta de Marim - Olhão
18 de Novembro de 2014


A maioria destas gaivotas ingressou no RIAS, provenientes de Portimão e Albufeira, com sintomas de uma doença. Esta provoca paralisia das patas, fraqueza generalizada e desidratação, pelo que os animais não são capazes de se colocar de pé nem alimentar sozinhos. A recuperação consistiu na administração de fluídos e alimentação assistida até que o conseguissem fazer por si.

Uma das gaivotas-d'asa-escura foi encontrada por um dos nossos técnicos nas salinas do Ludo em Faro. Encontrava-se muito magra e debilitada pelo que foi necessário alimentá-la e controlar o seu peso até que restabelecesse as forças.

A última gaivota-de-patas-amarelas que ingressou no RIAS tinha dois anzóis triplos presos nas patas e nas narina e pálpebra. Foi necessário proceder à remoção dos anzóis, limpeza das feridas e administrar anti-inflamatório e antibiótico.

Todas estas gaivotas foram posteriormente submetidas a treinos de voo, tendo sido devolvidas à natureza por técnicos e voluntários do RIAS.




Devolução à Natureza de um sapo-comum (Bufo bufo
Quinta de Marim - Olhão
18 de Novembro de 2014



Este sapo-comum foi encontrado numa zona pouco propícia à sua sobrevivência pelo que foi recolhido para observação das suas condições físicas. Como não apresentava danos nem comportamentos estranhos à espécie foi imediatamente devolvido à natureza por uma voluntária do RIAS.


Devolução à Natureza de um mocho-galego (Athene noctua
Piares de Quelfes - Olhão
18 de Novembro de 2014




Um mocho-galego foi encontrado em Albufeira e encaminhado para o RIAS pelo SEPNA de Albufeira. Aparentava ter um traumatismo craniano, pois apresentava pouca reacção a estímulos. A sua recuperação consistiu na administração de anti-inflamatório e antibiótico e verificação da sua condição física. Foi então submetido a treinos de voo e caça, tendo sido libertado por uma ex-voluntária do RIAS.



Campanha de Apadrinhamentos de Natal 2014




Todos os anos o CERVAS (Gouveia) e o RIAS (Olhão) fazem uma campanha de Natal conjunta, que pretende ser um meio de angariação de fundos para a manutenção e gestão dos dois centros de recuperação de fauna selvagem, geridos pela Associação ALDEIA desde 2009, em parceria com o ICNF e a ANA – Aeroportos de Portugal. 

Colabore nesta campanha e estará ao mesmo tempo a dar um presente original e muito especial: 
Um animal selvagem!  

Ao oferecer um apadrinhamento estará a contribuir simbolicamente para o trabalho dos dois centros e quem o receber poderá ter a possibilidade de assistir à devolução à Natureza do animal apadrinhado (se tal for possível no final do processo de recuperação). Para além disso, receberá um certificado de apadrinhamento, uma fotografia do animal e informação sobre a espécie apadrinhada. O padrinho/madrinha poderá sempre que quiser solicitar informações e fotos do animal apadrinhado.
O seu contacto também será inserido na lista de divulgação do CERVAS/RIAS para que possa receber informações sobre as próximas actividades em que poderá participar, tornando-se, desta forma, um membro activo na dinamização da recuperação de animais selvagens em Portugal.


Com um contributo mínimo de 15€


Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)
Centro: CERVAS & RIAS
Peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus)
Centro: CERVAS
Milhafre-preto (Milvus migrans)
Centro: CERVAS & RIAS
Tartaranhão-ruivo-dos-pauis (Circus aeruginosus)
Centro: CERVAS
Águia-calçada (Aquila pennata)
Centro: CERVAS
Mocho-de-orelhas (Otus scops)
Centro: CERVAS
Mocho-galego (Athene noctua)
Centro: CERVAS & RIAS
Coruja-das-torres (Tyto alba)
Centro: CERVAS
Coruja-do-mato (Strix aluco)
Centro: CERVAS
Gralha-preta (Corvus corone)
Centro: CERVAS & RIAS
Corvo (Corvus corax)
Centro: CERVAS & RIAS
Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis)
Centro:RIAS
Gaivota-d'asa-escura (Larus fuscus)
Centro:RIAS

Com um contributo mínimo de 25€

Águia-cobreira (Circaetus gallicus)
Centro: CERVAS
Milhafre-real (Milvus milvus)
Centro: CERVAS
Açor (Accipiter gentilis)
Centro: CERVAS
Bútio-vespeiro (Pernis apivorus)
Centro: CERVAS
Bufo-real (Bubo bubo)
Centro: CERVAS
Descarregue a ficha de apadrinhamento aqui

Colabore com o CERVAS e com o RIAS participando nesta campanha ou contribuindo para a sua divulgação, encaminhando esta informação!

Contactos :
E-mail: cervas.pnse@gmail.com
Tel: 927713585
Morada: CERVAS/Associação ALDEIA
Apartado 126
6290-909 Gouveia


Modos de pagamento:

CHEQUE: Em nome de Associação ALDEIA enviado juntamente com a ficha de inscrição para a morada em cima mencionada.

TRANSFERÊNCIA*: NIB: 003503540003190733089 (Caixa Geral de Depósitos de Gouveia)



* Enviar comprovativo de transferência por correio para a morada acima indicada, ou por correio electrónico para cervas.pnse@gmail.com



III Congresso Internacional FAUNA

Nos passados dias 14, 15 e 16 de Novembro realizou-se o III Congresso Internacional FAUNA, organizado pelo FAUNA - Núcleo da Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.


Neste terceira edição o RIAS esteve representado por três posters de colaboradores, estagiários e voluntários.




- Paretic syndrome in gulls (Laridae) in the south of Portugal, por Soares, S.; Lopes, H.; Azevedo, F.; Valkenburg, T.;Ventura, T.; Nunes, T. & Madeira de Carvalho, L.M.




- Emys orbicularis captive breeding: a sucessful tool for population reinforcement?, por Ana Margarida Carvalho, Rui Rebelo, Fábia Azevedo, Bruno Herlander Martins, André Tomás, Thijs Vankenburg, António Cotão e Sara Machado;









- Laminosioptes cysticola identificado num indivíduo selvagem de peneireiro-das-torres (Falco naumanni) em Portugal, por Maria Casero; Hugo Lopes e Ricardo Brandão.

Devolução à Natureza de um cágado-mediterrânico

Devolução à Natureza de um cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa)
Quinta de Marim - Olhão
12 de Novembro de 2014




Este cágado-mediterrânico foi encontrado longe de um ponto de água pelo que foi recolhido para observar a sua condição e posteriormente libertá-lo num local mais adequado. Como se encontrava bem foi imediatamente devolvido à natureza por uns amigos do RIAS que o baptizaram de "Shelley".



Devolução à Natureza de um noitibó-de-nuca-vermelha

Devolução à Natureza de um noitibó-de-nuca-vermelha (Caprimulgus ruficollis)
Quinta de Marim - Olhão
11 de Novembro de 2014


Este noitibó-de-nuca-vermelha ingressou no RIAS após ter sido encontrado perto do Fórum Algarve. Como não apresentava qualquer tipo de lesões no exame físico foi mantido no Centro para observação, tendo sido submetido a treinos de voo. Foi então devolvido à natureza por um técnico do RIAS.

Educação Ambiental na Ecoteca de Olhão


Para além da recuperação de animais selvagens, o RIAS dá também muita importância à educação ambiental sendo que o objectivo é a sensibilização dos mais novos para várias problemáticas relacionadas com a nossa fauna selvagem.
Como tal, no passado dia 11 de Novembro o RIAS deslocou-se à Ecoteca de Olhão - Chalé João Lúcio - para receber um grupo de alunos do 2º ano da EB1/JI nº6 de Olhão, com uma palestra sobre o nosso trabalho no centro e também sobre algumas espécies da Ria Formosa.



Devolução à Natureza de uma gaivota-d'asa-escura

Devolução à Natureza de uma gaivota-d'asa-escura (Larus fuscus)
Quinta de Marim - Olhão
6 de Novembro de 2014



Uma gaivota-d'asa-escura foi encontrada em Vila do Bispo muito débil, tendo sido encaminhada para o RIAS. A sua recuperação consistiu na administração de fluídos e disponibilização de comida e água até que retomasse a sua autonomia. Posteriormente foi submetida a treinos de voo, tendo sido devolvida à natureza por quem a encontrou que lhe deu o nome de "Salema".




Devolução à Natureza de um noitibó-cinzento

Devolução à natureza de um noitibó-cinzento (Caprimilgus europaeus)
Quinta de Marim - Olhão
3 de Novembro de 2014





Este noitibó-cinzento foi encaminhado para o RIAS pelo SEPNA de Portimão. Apresentava uma bolha de ar subcutânea na zona do pescoço, pelo que se suspeita de rotura do saco aéreo devido a trauma ou predação. A sua recuperação durou uma semana e consistiu na administração de antibiótico e anti-inflamatório. Foi então devolvido à natureza, ainda a tempo de continuar a sua migração, por uma estagiária do RIAS. 


Devolução à Natureza de um mocho-galego - Noite de Halloween

Devolução à natureza de um mocho-galego (Athene noctua)
EB1 de Mesquita Baixa - S. Brás de Alportel
31 de Outubro de 2014



Na sequência da campanha de apadrinhamentos de escolas, o RIAS esteve presente nas celebrações de Halloween da EB1 de Mesquita Baixa, em S. Brás de Alportel, onde foi libertado um mocho-galego.

Este mocho ingressou no centro após ter sido encontrado por um particular em Évora. Tendo em conta que apresentava perfuração da córnea, lesão na iris e sintomas de traumatismo craniano, pensa-se que tenha sido atropelado. A sua recuperação consistiu na administração de antibiótico e anti-inflamatório até que o seu olho cicatrizasse. Foi então submetido a treinos de voo e caça, tendo sido devolvido à natureza por uma professora da EB1 de Mesquita Baixa.



Devoluções à Natureza de dia 30 de Outubro de 2014

Devolução à natureza de uma andorinha-dáurica (Cecropis daurica)
Quinta de Marim - Olhão
30 de Outubro de 2014




Um andorinha-dáurica foi encontrada em Lagos por um particular e encaminhada para o RIAS pelo SEPNA de Portimão. Ingressou no centro com uma luxação numa das asa e sintomas de traumatismo craniano, tendo a sua recuperação consistido na imobilização da asa e administração de anti-inflamatório. Já com a asa recuperada foi submetida a treinos de voo, tendo sido libertada por uma técnica do RIAS.


Devolução à Natureza de um camaleão-comum (Chamaeleo Chamaeleon)
Quinta de Marim - Olhão
30 de Outubro de 2014




Este camaleão-comum ingressou no RIAS após ter sido encontrado por um particular num jardim da cidade de Olhão. Apesar de muito pequeno, o camaleão estava em perfeitas condições para sobreviver, pois estes animais são totalmente independentes a partir do momento em que eclodem.  Foi devolvido à natureza por uma técnica do RIAS e baptizado de "A cor do camaleão" em homenagem a quem o apadrinhou (Empresa A Cor do Camaleão).






Devolução à Natureza de três gaivotas-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e uma gaivota-d'asa-escura (Larus fuscus)
Quinta de Marim - Olhão
30 de Outubro de 2014





Todas estas gaivotas ingressaram no RIAS por diferentes causas, tendo sido encaminhadas para o centro pelos vigilantes do Parque Natural da Ria Formosa.

Uma das gaivotas-de-patas-amarelas ingressou com sintomas de uma doença que as deixa muito debilitadas, o que a impedia de se levantar e alimentar sozinha. Assim o seu tratamento baseou-se na administração de fluídos e alimentação assistida, até que o conseguisse fazer por si.

A segunda gaivota tinha um fio de pesca a envolver uma das asas, já com feridas na pele, tendo sido necessário proceder à remoção do fio, desinfecção das lesões e administração de anti-inflamatórios.

A última gaivota-de-patas-amarelas foi encontrada muito jovem, com a plumagem muito pouco desenvolvida. Foi necessário alimentá-la e controlar o peso até que crescessem todas as penas necessárias ao voo.

A gaivota-de-asa-escura tinha uma das patas com várias lesões, tendo-se procedido à imobilização da pata e administração de anti-inflamatório.

Posteriormente todas as gaivotas foram sujeitas a treinos de voo, tendo sido devolvidas à natureza por um técnico e uma voluntária do RIAS. 



Devolução à Natureza de um cágado-mediterrânico

Devolução à natureza de um cágado-mediterrânico (Mauremys leprosa)
Quinta de Marim - Olhão
29 de Outubro de 2014




Este cágado-mediterrânico foi encontrado por um particular, numa zona imprópria para a sua sobrevivência. Como não apresentava lesões nem comportamentos estranhos à espécie foi imediatamente devolvido à natureza por uma voluntária do RIAS.

4ª Mostra Interativa de Qualidade e Excelência "Yoga Algarve"


Nos dias 25 e 26 de Outubro realizou-se mais uma Mostra Interativa de Qualidade e Excelência "YOGA ALGARVE", promovida pela Associação Regional do Yoga do Algarve, que teve lugar na Escola de Pinheiro e Rosa, em Faro. 
Nesta 4ª edição, que contou com diversas actividades, o RIAS esteve presente com uma pequena exposição do Centro, onde o público poderia obter algumas informações sobre a recuperação de animais selvagens.

O RIAS agradece o convite feito pela organização.

Devoluções à Natureza de dia 24 de Outubro de 2014

Devolução à natureza de quatro gaivotas-d'asa-escura (Larus fuscus) e uma gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis)
Quinta de Marim - Olhão
24 de Outubro de 2014




Todas as gaivotas-d'asa-escura, à excepção de uma, ingressaram no RIAS após terem sido encontradas com sintomas de uma doença que as deixa muito debilitadas, tendo sido encaminhadas para o centro pelos vigilantes do Parque Natural da Ria Formosa. A sua recuperação consistiu na administração de fluidos e alimentação assistida até que estas se conseguissem pôr de pé e alimentar sozinhas.
A última gaivota-d'asa-escura e a gaivota-de-patas-amarelas ingressaram com fracturas numa das asas, pelo que foi necessário proceder à imobilização da asa afectada e administração de anti-inflamatórios. Posteriormente foi necessário efecturar fisioterapia de forma a recuperarem a mobilidade.

Todas as gaivotas foram submetidas a treinos de voo, tendo sido devolvidas à natureza por técnicos, voluntários do RIAS e por visitantes do CIA - Centro de Interpretação Ambiental.




Devolução à Natureza de dois mochos-galegos (Athene noctua)
Quinta de Marim - Olhão
24 de Outubro de 2014



Estes mochos-galegos foram encontrados por particulares e encaminhados para o RIAS pelos vigilantes do Parque Natural da Ria Formosa. Um deles foi encontrado após ter caído do ninho, sendo que a sua recuperação consistiu na alimentação até que crescessem todas as penas necessárias ao voo.
O outro mocho ingressou no RIAS desorientado, provavelmente devido a colisão com uma estrutura. Ao fim de uns dias de observação, verificou-se que o mocho tinha um comportamento normal.

Ambos os mochos foram submetidos a treinos de voo e caça, tendo sido um deles libertados por quem o encontrou e que os baptizaram de "Lucy" e "Lua".



Devoluções à Natureza de dia 23 de Outubro de 2014

Devolução à Natureza de um camaleão-comum (Chamaeleo chamaeleon)
Quinta de Marim - Olhão
23 de Outubro de 2014




Este camaleão comum ingressou no RIAS após ter sido encontrado por um particular, numa zona perigosa para a sua  sobrevivência. Uma vez que se encontrava em boa forma e não apresentava comportamentos estranhos à espécie, foi imediatamente devolvido à natureza por dois visitantes do CIA - Centro de Interpretação Ambiental.



Devolução à Natureza de dois cágados-mediterrânicos (Mauremys leprosa)
Quinta de Marim - Olhão
23 de Outubro de 2014





Foram encontrados dois cágados-mediterrânicos numa zona pouco propícia a estes animais. Os cágados foram encaminhados para o RIAS, onde foram verificadas as condições físicas de ambos. Tendo em conta que nenhum deles apresentava quaisquer lesões foram imediatamente libertados por uma visitante do CIA e ex-voluntária do RIAS que as baptizou de "Iliada" e "Morla".




Devolução à Natureza de uma rola-turca (Streptopelia decaoto)
Quinta de Marim - Olhão
23 de Outubro de 2014





Esta rola-turca foi encontrada por um particular no Parque de Campismo de Olhão, após ter caído do ninho. Tendo em conta que ainda era muito jovem a sua recuperação consistiu na alimentação assistida com uma pinça, até que o conseguisse fazer sozinha. Foi então submetida a treinos de voo, tendo sido devolvida à natureza por um visitante do CIA que a baptizou de "Galega".


Devolução à Natureza de um ganso-patola

Devolução à Natureza de um ganso-patola (Morus bassanus)
Fuseta - Olhão
21 de Outubro de 2014





Este ganso-patola juvenil foi encontrado numa praia de Lagos por um particular, tendo sido recolhido e encaminhado para o RIAS pelos vigilantes do Parque Natural da Ria Formosa. Apresentava sintomas de desnutrição pelo que a sua recuperação consistiu na administração de fluídos e alimentação assistida até que recuperasse peso, tendo sido devolvido à natureza por uma técnica do RIAS.



Devolução à Natureza de dois gansos-patola

Devolução à Natureza de dois gansos-patola (Morus bassanus)
Fuseta - Olhão
17 de Outubro de 2014






Dois gansos-patola juvenis ingressaram no RIAS, um deles encaminhado pelo SEPNA de Faro e outro pelos Vigilantes do Parque Natural da Ria Formosa. O primeiro apresentava sintomas de desnutrição, pelo que a sua recuperação baseou-se na administração de fluídos e posterior alimentação assistida. O segundo tinha um ferimento num dos olhos, provavelmente causada por perfuração, tendo sido necessário tratamento oftalmológico. Foram devolvidos à natureza por duas técnicas do RIAS.




Campanha “Diga NÃO aos passarinhos na gaiola e no prato!”




Recentemente foram recolhidos dados que demonstram que a captura ilegal de aves em Portugal continua a ser um problema, que pode ter impactos na biodiversidade nacional.

A SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves lançou em parceria com a ALDEIA (particularmente através dos centros de recuperação de fauna selvagem CERVAS e RIAS), A Rocha, a LPN e a Quercus, a campanha “Diga NÃO aos passarinhos na gaiola e no prato” com o objetivo de colocar na ordem do dia o tema da captura e venda ilegal de aves. O estudo que foi realizado pela SPEA com o apoio da BirdLife International e de várias entidades nacionais, revelou que a toutinegra-de-barrete, o pisco-de-peito-ruivo, o pintassilgo e o tentilhão são das aves mais afetadas e que os distritos de Faro, Porto e Lisboa são as regiões onde se registam mais casos de captura e abate ilegal.

A captura de passarinhos para serem vendidos como petiscos em cafés e restaurantes e a venda online de aves em sites de comércio eletrónico (por exemplo, OLX) são duas razões fortes para a realização desta campanha, que ameaça as populações de aves migradoras no país e fora dele.  
Embora a captura de aves silvestres, não cinegéticas, para cativeiro ou consumo seja uma prática ilegal, ela continua a ser feita recorrendo a armadilhas, redes ou visgo (uma espécie de cola artesanal, que faz com que as aves fiquem presas pelas penas). A lei pressupõe a aplicação de coimas para os casos de captura, abate ou cativeiro ilegal de aves, mas os casos em que a lei é aplicada são ainda uma minoria face à realidade nacional e também pouco é feito no que diz respeito à sensibilização da população. 

O Algarve destaca-se por ser um dos locais em que existe mais captura para consumo, em que o pisco-de-peito-ruivo e a toutinegra-de-barrete são os que acabam mais frequentemente na frigideira. As regiões de Lisboa e Porto destacam-se pela captura de pássaros e outras aves para serem comercializados como animais de companhia na Internet e em feiras locais. 
De acordo com a SPEA, “Infelizmente este estudo veio comprovar o que já temíamos. A captura ilegal em Portugal está ainda enraizada e é encarada em muitas regiões como algo normal e aceitável. Muitos desconhecem que é uma prática ilegal e outros acham que não serão apanhados.” Afirma ainda que “a legislação é confusa e com esta campanha queremos tirar dúvidas às pessoas, sensibilizar para o que é ou não permitido e o que podem fazer sempre que se deparam com situações destas”. 

A campanha pretende envolver mais as entidades responsáveis por este problema. Por exemplo, é proibido vender aves selvagens, mas no OLX todos os dias encontramos anúncios de chapins-reais, piscos-de-peito-azul e até mesmo aves de rapina ao lado de bicicletas e malas em 2ª mão. O OLX não retira os anúncios porque afirma que estes são da responsabilidade de quem os coloca. Por outro lado, não é proibida a venda de armadilhas e redes para captura (mesmo que no anúncio seja explicado o fim da mesma) mas é proibido usá-las para capturar aves selvagens. Trata-se de uma incoerência na lei, que devia motivar uma intervenção urgente do Ministério do Ambiente.  
A campanha pretende ainda alertar para os passos a dar caso um cidadão queira fazer uma denúncia. O SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR) é a entidade policial responsável por este tipo de ocorrências. Poderão ser contactados  através da linha SOS Ambiente e Território: 808 200 520 ou do e-mail sepna@gnr.pt.  

Pode ser encontrada mais informação sobre a campanha em http://www.spea.pt/pt/participar/campanhas/captura-ilegal/

Para mais informações contactar:
Domingos Leitão
Coordenador do Programa Terrestre da SPEA
TLM 96 956 23 81, 
e-mail: domingos.leitao@spea.pt